Zè Pilintra

Zè Pilintra

quinta-feira, 7 de junho de 2012

ORAÇÃO DO UMBANDISTA

Senhor, fazei de mim um instrumento da vossa comunicação.

Onde tantos mistificam, Que eu leve a palavra da verdade!

Onde tantos procuram ser servidos,

Que eu leve a alegria de servir!

Onde tantos fecham os olhos para a prática do bem,

Que eu abra meu coração para acolher!

Onde tantos usam a Umbanda como comércio,

Que eu seja usado pela Umbanda para o amor !

Onde tantos espalham a ignorância e o preconceito,

Que eu saiba agir pela luz do conhecimento e da razão!

Onde a vida perdeu o sentido,

Que através da Umbanda eu leve o sentido de viver!

Onde tantos me pedem um "despacho",

Que eu saiba ensinar a benção do trabalho interno!

Onde haja doença, que eu leve a vibração de saúde de Oxosse

Onde haja desespero que eu leve a concórdia e a placidez das Águas.

Onde houver desânimo, que eu leve a determinação e tenacidade de Ogum.

Onde houver injustiça, que eu leve o discernimento e a justiça de Xangô.

Onde tantos me pedem um milagre,

Que eu seja a humildade do preto velho!

Onde tantos estão sempre distantes,

Que eu possa fazer a Umbanda sempre presente!

Onde tantos sofrem de solidão que faz morrer,

Que eu seja a pureza de Ibejada, espalhando sempre a alegria!

Onde tantos morrem na matéria que passa,

Que o Mestre Omulum me abençoe com a vibração da terra, geradora permanente de vida.

Onde tantos olham para a terra,

Que eu seja um espelho de Aruanda, a refletir sempre sua luz na terra!

Saravá Umbanda!

ONDE VOCÊ COLOCA O SAL?


O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo

d'água e bebesse.

Qual é o gosto? - perguntou o Mestre.

Ruim - disse o aprendiz.

O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.

Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago.

Então o velho disse:

- Beba um pouco dessa água. Enquanto a água escorria do queixo do jovem o Mestre

perguntou:

- Qual é o gosto?'

- Bom! disse o rapaz.

- Você sente o gosto do sal? Perguntou o Mestre.

- Não disse o jovem.

O Mestre então sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse:

- A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos.

Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta. É dar mais valor ao que você tem do que ao que você perdeu.



Em outras palavras:

É deixar de Ser copo para tornar-se um Lago.

(Pensamento Zen-Budista)



* Somos o que fazemos, mas somos principalmente o que fazemos para mudar o que somos.

terça-feira, 17 de abril de 2012


Dia da semana, cores e saudações dos orixás
Publicado em 15 de outubro de 2010 por Makena Mwanajuma


Cada orixá existente no candomblé ou umbanda tem uma correspondência com um dia da semana, assim como cores e saudações específicas.
No dia da semana de nosso orixá é comum usar roupas de cores correspondentes a eles, contas na cor do santo, sendo também o dia mais propício a fazer oferendas e alcançar graças, assim como agradecê-las.
Confira agora tudo que corresponde ao seu orixá
Saudações, cores e os dias da semana para cada orixá

Exu, comemorado todo dia 7 como parte de minhas obrigações
Exú – Mensageiro dos orixás
■Saudação: Laroyê Exú!
■Cores: vermelho e preto
■Dia da semana: Segunda-feira

Ogum – O orixá da guerra, é também ferreiro
■Saudação: Ogunhê
■Cores: azul, verde
■Dia da semana: Terça-feira

Oxóssi – O orixá da caça e rei das matas
■Saudação: Okê arô!!
■Cores: verde, azul
■Dia da semana: Quinta-feira

Omolú orixá da medicina
Omolú/Obaluaiê – O orixá da medicina, deus da varíola
■Saudação: Atotô!
■Cores: marrom, cor palha
■Dia da semana: Segunda-feira

Nanã Buruku – a mais velha dos orixás, primeira esposa de Oxalá, deusa da morte
■Saudação: Saluba Nanã!
■Cores: lilás, roxo
■Dia da semana: Domingo

Oxumaré/Bessen – O orixá da riqueza representado pelo arco-íris e pela cobra
■Saudação: Arroboboi Oxumarê!
■Cores: amarelo e verde
■Dia da semana: Terça-feira

Iansã - Orixá das tempestades
Logunedé – O caçador filho de Oxum e Oxóssi
■Saudação: Olorikim Logun!
■Cores: amarelo e azul
■Dia da semana: Quinta-feira

Iansã – Senhora dos ventos e tempestades
■Saudação: Epahey Oyá!
■Cores: marrom e vermelho
■Dia da semana: Quarta-feira

Xangô – Senhor da justiça
■Saudação: Kao Kabiesilê!
■Cores: vermelho e branco, marrom e branco
■Dia da semana: Quarta-feira

Oxum orixá da beleza e da maternidade
Oxum – Orixá do amor, da fertilidade e maternidade
■Saudação: Ora yê yê ô!
■Cores: amarelo
■Dia da semana: Sábado

Iemanjá – Deusa do mar, segunda esposa de Oxalá
■Saudação: Odò ìyá!
■Cores: prata e branco
■Dia da semana: Sábado

Ossaim – O orixá das plantas
■Saudação: Ewê ô!
■Cores: verde e branco com lista vermelha
■Dia da semana: Quinta-feira

O orixá maior Oxalá
Obá – orixá dos ventos e redemoinhos
■Saudação: Obá Xiré Yá!
■Cores: rosa, coral
■Dia da semana: Quarta-feira

Irokô – O orixá do tempo
■Saudação: Iroko y Só! Eeró!
■Cores: branco, cinza
■Dia da semana: Terça-feira

Oxalá/Oxaguiã/Oxalufã – O orixá maior
■Saudação: ÈPA BÀBÁ !
■Cores: Branco
■Dia da semana: Sexta-feira




segunda-feira, 26 de março de 2012

UMBANDA TEM AMPARO LEGAL


Por se tratar de religião e cultura, a Umbanda é duplamente protegida na forma da lei pela Constituição da República Federativa do Brasil. Outrossim, o artigo 208 do Código Penal Brasileiro prevê, para o crime de ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo, pena de detenção de um mês a um ano ou multa. Para que todas as pessoas que professam a Umbanda fiquem cientes dos seus direitos é bom observar com atenção os artigos constitucionais que podem e devem ser evocados quando qualquer cidadão sentir-se aviltado no que diz respeito à liberdade de crença religiosa.

O artigo 5º da Constituição Federal assegura:
"Todos são iguais perante a Lei, sem distinção de qualquer natureza, garantido-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade."
Portanto, como a Constituição assegura que não deve haver distinção de qualquer natureza, católicos, protestantes, evangélicos, umbandistas, espíritas, budistas, muçulmanos, membros do Candomblé etc. são iguais em direitos e obrigações, estando, pois, submetidos às mesmas leis e devendo observar o inciso VI do artigo 5º da Carta Política de 1988, que diz:

"É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias."

Ainda na Constituição Federal, o parágrafo 1º do artigo 215 deixa muito claro que a Umbanda, que é também evidente manifestação da cultura popular afro-brasileira, pode contar com a proteção do Estado para existir e resistir:

"O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e difusão das manifestações culturais.
Parágrafo 1º. O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e dos outros grupos participantes do processo civilizatório Nacional".

Na legislação infraconstitucional diretamente relacionada ao inciso VI do artigo 5º, o artigo 208 do Código Penal merece menção, haja vista que os crimes que define têm sido cometidos freqüentemente contra adeptos das religiões afro-brasileiras sem que se tomem providências primeiramente por uma nítida falta de interesse das autoridades e depois porque os adeptos, na maioria das vezes, não sabem que tais atos constituem crime.

"Artigo 208: Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso:
Pena - detenção, de 1 (um) mês a 1 (um) ano, ou multa.
Parágrafo único. Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente a violência".

Como fica a situação quando a policia, respaldada pelo poder do Estado, infringe a lei?

Se considerarmos que a proteção aos locais de culto e a suas liturgias é garantida na forma da lei, é dever da polícia, quando solicitada, prestar assistência aos adeptos para que possam cumprir seus rituais com segurança e não impedi-los, por exemplo, de fazer suas oferendas. Fazer uma oferenda a Exu numa encruzilhada é um direito, assim como é um direito do crente pregar em praça pública ou do católico fazer procissões. A polícia também não pode invadir um terreiro de Umbanda, a menos que observe os trâmites legais.

Todos têm direito à liberdade religiosa, que não atinge um grau absoluto, pois não são permitidos a nenhuma religião ou culto, atos atentatórios à lei, sob pena de responsabilidade civil e criminal. Um adepto de determinada religião, por exemplo, não pode evocar o inciso VI do artigo 5º da Constituição, ou seja, suas convicções religiosas, para livrar-se dos crimes estipulados no artigo 208 do Código Penal. Há que se observar o inciso VIII do artigo 5º da Constituição, que diz:

"Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei".

O Brasil, por meio do Pacto de São José da Costa Rica, se comprometeu a respeitar o sentimento religioso, avalizando o documento que no artigo 12.1 da Convenção diz:

"Toda pessoa tem direito à liberdade de consciência e de religião. Esse direito implica a liberdade de conservar sua religião ou suas crenças, ou de mudar de religião ou de crenças, bem como a liberdade de professar e divulgar sua religião ou suas crenças, individual ou coletivamente, tanto em público como em privado".

Devem os templos de Umbanda e seus responsáveis começarem a reivindicar os privilégios e isenções que a lei assegura aos ministros de confissão religiosa e às suas igrejas, como o direito a prisão especial, a contribuição à Previdência Social na qualidade de sacerdote e a desobrigação de recolher alguns impostos como o IPTU.

É importante também difundir a Lei nº. 7.716 de 5 de janeiro de 1989, não só entre as pessoas do Umbanda, mas para toda a sociedade, especialmente entre os negros que sofrem muito mais com o preconceito que, mesmo camuflado pelo mito da democracia racial, existe no Brasil. Isso serve para ratificar que o caminho para viver plenamente a cidadania é o da
consciência, que passa, necessariamente, pelo reconhecimento das leis que asseguram os direitos de todos os cidadãos, brancos ou negros, crentes ou de Umbanda, ricos ou pobres.

Fica claro então que nossa religião, como qualquer outra, possui seus direitos legais garantidos pela Constituição Federal do Brasil, nos delegando assim o direito a prática de nossos rituais sem a preocupação de sofrermos algum tipo de censura religiosa alheia. A LEI NOS GARANTE ISSO!!!

sábado, 10 de março de 2012

OS SETES SORRISOS DE UM PRETO VELHO


O Primeiro sorriso é pelo médium que está sempre zelando por sua conduta e equilíbrio espiritual; quando um Preto Velho ou outra entidade chega ao terreiro, o mesmo trata com tamanho carinho.
O Segundo sorriso é pelas crianças carnais que em muitas ocasiões estão presentes nas giras, enchendo o ambiente de alegria, amor e muito carinho.
O Terceiro sorriso é pelos médiuns que estão dispostos a ajudar e zelar pela casa de nosso Pai, que chegam cedo para ajudar; os que vem fora dos dias de trabalho para organizar a casa pela sua própria vontade e que, muitas das vezes, são os primeiros a chegarem nas giras e os últimos a sairem também.
O Quarto sorriso é pela assistência, quando olham para ela e veem através de seus olhares, humildade, solidariedade, igualdade e vontade de receber a caridade, pois estes olhares são de sentimentos que brotam em seus corações.
O Quinto sorriso é pelo consulente que vem até junto de nós e fala: HOJE, MEU PRETO VELHO, NÃO VIM PARA PEDIR E SIM PARA AGRADECER A NOSSO PAI OXALÁ POR TUDO QUE RECEBI.
O Sexto sorriso é pelo zelo que o dirigente tem por nossa mãe UMBANDA e pelos seus irmãos. E muitas vezes, por sua tamanha humildade, não sabem a tamanha referência que é.
O Sétimo sorriso é por agradecimento aos Orixás, pois por intermédio deles nosso Zambi concede maior oportunidade de poderem praticar a caridade e elevarem-se na espiritualidade.